sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

A futura ginecologista

Toda semana havia o dia de festa para as garotas. Os namorados e amigos eram deixados de lado para que pudéssemos curtir o dia inteiro, sem a preocupação de vigiar o que era dito e feito. Formávamos um grupo de oito mulheres, todas na casa dos vinte anos.

Durante a semana, havíamos combinado que a festa de domingo seria na casa de meus pais, pois estes estariam viajando. Passamos os dias rezando para que o sol aparecesse, já que os planos incluíam farra na piscina.

Domingo finalmente chegou e, no horário combinado, as meninas começaram a chegar, trazendo vários isopores com bebidas e guloseimas para nos fartar durante o dia. Ligaram o som e aumentaram o volume, deixando-me com um pouco de medo de quebrar as regras do condomínio. O quiosque próximo da piscina foi invadido por mulheres de biquíni que espremiam limões e enchiam copos com vodka e uísque. A conversa não cessava nunca e as vozes ficavam cada vez mais altas.

Deitei-me de frente para a piscina e fechei os olhos por um instante. Ouvi alguém se aproximar e abri os olhos, deparando-me com Roberta, que havia acabado de chegar. “Finalmente!”, pensei. Roberta era a mais velha das meninas, estudava medicina e era interna de um hospital da cidade. Por causa disso, mal tinha tempo para passar conosco. Ela era do tipo workaholic, muito preocupada com o trabalho, absolutamente viciada no que fazia. Sempre foi muito admirada por todas nós, pois era linda, inteligente, tinha o trabalho perfeito, a família perfeita... Enfim, a vida perfeita. Intimamente, eu a tinha como um sonho de consumo.

Quando Roberta se aproximou de mim, notei seu perfume e as curvas de seu corpo. Para mim, Roberta era como um projeto de da Vinci ou uma composição de Richard Wagner, tamanha a sua perfeição. Fazia tempo que não a via de biquíni e estava quase me esquecendo do quão desejável seu corpo era. Ela tinha a pele morena e os olhos castanho-esverdeados. Seus cabelos formavam ondas largas, que se estendiam até sua cintura. Os lábios eram avermelhados, carnudos, sensuais, provocantes. Sempre imaginei que um beijo de Roberta deveria matar qualquer um do coração. Desci os olhos até seus seios grandes e redondos, que estavam cobertos pelo biquíni branco. A curva de sua cintura, que terminava no quadril largo, me enchia o corpo de vontades. A parte de baixo de seu biquíni era muito cavada, permitindo-me deduzir que seus pêlos eram poucos ou inexistentes. Essa era uma curiosidade que sempre me perseguia.

– Quer que eu passe bronzeador em você, Sarah? – perguntou ela

Nunca gostei de tal apelido, mas quando se tratava de Roberta, nada me aborrecia.

– Claro! Se não for incômodo. – respondi

Uma ponta de malícia se formou em minha mente e eu deitei de bruços, enquanto tentava apagá-la. Roberta ajoelhou-se do meu lado e espalhou o bronzeador nas mãos para, em seguida, passar em minhas costas. Suas mãos macias deslizavam em meu corpo, espalhando todo o óleo por minha pele. Meu corpo queimava com seu toque e eu parecia estar sentindo vertigens, me segurando para não começar a gemer. Quando suas mãos deslizaram para minhas coxas, fechei os punhos com força, cravando as unhas em minha própria pele. Ela apertava e passava a palma da mão na parte interna de minhas coxas. Agradeci aos céus por estar trajando um biquíni de tecido preto, pois eu conseguia sentir meu sexo molhado.

Roberta terminou de passar o bronzeador em minha pele e eu, com as pernas bambas, voltei a deitar de costas, pensando que ela se afastaria. Estranhei quando vi que ela estava espalhando, novamente, o bronzeador nas mãos. Roberta levou as mãos lambuzadas com o óleo até minha barriga e espalhou-o. Fechei os olhos e levei as duas mãos ao rosto, imaginando que estava voltando a enrubescer. Suas mãos deslizavam por minha barriga e coxas, me levando à loucura. Minha vontade era correr daquele lugar, antes que a atacasse. Deixei escapar um suspiro e Roberta perguntou:

– Está tudo bem?

Com medo de abrir a boca e gemer acidentalmente, apenas balancei a cabeça em sinal afirmativo e Roberta continuou a me massagear com as mãos escorregadias. Minha amiga levou o polegar até minha virilha e deslizou, levemente, me fazendo pular. Segurei seus pulsos e disse que já estava bom e não precisaria fazer mais nada. Sorrindo, Roberta me pediu para que retribuísse o favor e deitou-se na espreguiçadeira.

Ajoelhei-me ao seu lado, apavorada, imaginando que aquilo era perigo demais para um dia só. Antes de começar, observei seu corpo por alguns instantes e senti a garganta seca quando vi que o biquíni que ela trajava era fio dental. Eu estava brincando com fogo e sabia disso. Espalhei o óleo na palma das mãos e passei em suas costas, apreciando a textura de sua pele. Alisei cada milímetro, doida para desamarrar seu biquíni. Quando cheguei a seu bumbum, fiz questão de encher a mão. Creio que insisti até demais nessa área, pois estava hipnotizada com tamanha maravilha. Minha mão escorregava “acidentalmente” por entre suas nádegas e Roberta se arrepiava inteira. Minha boca encheu-se d’água quando ela deitou-se de costas e pediu para que eu passasse na frente, também. Sua barriga era durinha, muito bem definida, tive vontade de abaixar-me e lamber-lhe o umbigo. Suas coxas eram bem torneadas e apetitosas. Quase morri de decepção quando uma das meninas avisou que o celular de Roberta estava tocando, fazendo-a correr para dentro da casa.

Por volta de vinte minutos depois, Roberta voltou para a piscina, irritada. Quando as meninas perguntaram o motivo da irritação, Roberta passou a contar da briga que tivera com o namorado durante a manhã e disse que ele estava a lhe perturbar desde então. Lembrei-me imediatamente do tipo, apesar de toda a atenção e carinho que dedicava a ela, o rapaz era deveras ciumento e mandão. A personalidade independente de minha amiga tinha dificuldades de se adaptar à tamanha prepotência. Apesar disso, eram raras as brigas entre os dois, por isso Roberta ficava desolada. Mas dessa vez, ela parecia mais irritada do que desolada, me fazendo imaginar qual das duas coisas era pior.

Quando era tarde da noite, a maioria de minhas amigas já tinha ido para casa, ficando apenas Roberta que, com medo de que o namorado estivesse lhe esperando no apartamento, pediu para dormir comigo, pois não queria brigas. Fomos até o quarto e, após o banho, emprestei-lhe uma camisola. Peguei duas taças e uma garrafa de vinho, convidei-a para a sacada e puxei duas cadeiras. Não costumo ingerir bebidas alcoólicas, mas minha mente parecia implorar por ficar tonta.

A garrafa de vinho estava quase pelo fim, então decidi levá-la para baixo. Quando retornei, Roberta estava apoiada na mureta. Parei e fiquei observando por um instante. Tudo nela me apetecia. Seus cabelos refletiam as luzes e a brisa leve fazia com que os fios flutuassem no ar. Ela era alta, tinha pernas compridas. Eu costumava dizer que Roberta era um exagero, de tão provocante. Aproximei meu corpo do seu, a enlacei pela cintura e encaixei meu queixo em seu ombro. Roberta nada disse, apenas cobriu meus braços com os seus e começou a balançar o corpo, levemente. Embalado pelos movimentos, meu corpo roçava no de minha amiga, atiçando minha libido. Colei ainda mais seu corpo no meu e afundei o rosto nas ondas de seus cabelos. Os fios exalavam um aroma cítrico e envolvente.

– Gostou do perfume? – perguntou

Resmunguei qualquer coisa, notando o ar taciturno de Roberta. Passei a confortar-lhe sobre o seu relacionamento com o namorado. Particularmente, sempre achei que Roberta era boa demais para o rapaz (em todos os sentidos que essa expressão possa ter).

– Você tem sorte por não se preocupar com homens. – comentou

Encolhi os ombros e disse que as mulheres davam tanto trabalho quanto os rapazes. Roberta deu uma risadinha e virou-se de frente para mim. Fiquei estática, hipnotizada por aqueles lábios tão convidativos. Ela estava tão próxima que eu podia sentir seu hálito. Notei que a janela da casa da frente estava aberta, a qualquer momento alguém poderia aparecer. Mesmo assim, sem pensar nas conseqüências, puxei-a para mais perto, segurando-a pela cintura, firmemente. Levei uma das mãos até sua nuca e enganchei os dedos entre seus cabelos, ao mesmo tempo em que aproximava a boca dela da minha. Ela não resistiu, levando todo o meu receio embora. Suas mãos alisavam minhas costas e sua língua correspondia à minha, faminta. Eu mordia seus lábios, sugava-os para dentro de minha boca, como se quisesse arrancá-los. Levei uma das mãos até seu bumbum e apertei com força, puxando seu corpo para mais perto, como se quisesse contrariar as leis da física e fazer dois corpos ocuparem o mesmo espaço. Imprensei-a contra a mureta e afastei suas pernas. Minha vontade era devorá-la, senti-la dentro de mim, torná-la parte de meu corpo e fazer parte do seu. Roberta parecia compartilhar da mesma vontade, já que continuou não demonstrando resistência, mesmo quando passei a roçar minha coxa entre suas pernas.

Ela soltava gemidos baixinhos e se agarrava no tecido de meu robe. Deslizei uma das mãos até sua coxa e a enfiei por baixo da camisola. Quando passei a dedilhar seu clitóris, Roberta afastou a boca da minha e cravou os dentes em meu ombro. Sentindo sua calcinha molhada, imaginei que sua boceta deveria estar praticamente pingando. Minha boca encheu-se d’água só de imaginar. Afastei meu corpo do dela, fazendo com que uma expressão de decepção e interrogação se formasse no rosto de minha amiga.

– Tira a camisola, Ju! – gemi

Sem pestanejar, Roberta arrancou a camisola e jogou-a longe. Acompanhando-a, desamarrei meu robe e deixei deslizar por meu corpo, até cair no chão, ficando apenas de calcinha. Observei cada pequeno detalhe de seu corpo, guardando aquela cena no íntimo de minha memória. Os seios perfeitos de Roberta estavam descobertos, mas a minha curiosidade permanecia, pois a calcinha que ela usava tapava muito bem o seu sexo. Por algum motivo que desconheço, aquilo me pareceu um tipo de provocação. Eu adoro provocações! Avancei em seus seios, morta de vontade de chupá-los. Passei a língua em seus biquinhos, contornei suas auréolas e abocanhei-os. Roberta enganchava os dedos entre meus cabelos e encurvava as costas, oferecendo-se para minha boca faminta. Enquanto ocupava a boca em um dos seios, uma das mãos bolinava o outro, massageava, apertava, beliscava de leve. Era uma fantasia se tornando realidade e o melhor de tudo era que ela estava gostando. Seus gemidos eram fortes, o corpo se arrepiava inteiro, ela segurava firmemente meus cabelos e empurrava meu rosto contra seus seios, em uma agonizante necessidade voluptuosa.

Ajoelhei-me e deslizei a língua por sua barriga, contornando seu umbigo. Segurei-a pelos quadris e mordi sua cintura, matando a vontade que me consumia havia tempos. Abaixei, vagarosamente, a sua calcinha, deixando visível a sua vulva carnuda, totalmente lisinha, sem nenhum rastro de pêlos. Roberta estava com o clitóris inchado e um tanto lambuzado, ansioso por minha boca. Controlando meus instintos, passei os dedos levemente pela marquinha do biquíni. Em seguida, contornei-a com a língua, começando da esquerda, atravessando a barriga e terminando na direita. Desci a língua para a sua virilha e o corpo de Roberta começou a se contorcer. Afastei um pouco mais as suas pernas e continuei a castigá-la, mordiscando seus grandes lábios carnudos e passando a língua por suas coxas e virilha. Quanto mais chegava perto de seu clitóris, mais ela gemia e se contorcia. Vendo que eu só a estava provocando, Roberta agarrou meus cabelos e levou minha boca até sua boceta, enquanto sua voz trêmula ordenava que eu a chupasse.

Com um sorriso nos lábios, obedeci minha amiga: afastei seus grandes lábios e envolvi seu grelinho com minha boca, sugando-o em seguida. Roberta urrou de prazer e agarrou-se na mureta, enquanto abria as pernas e encurvava o quadril em minha direção. Minha língua passeava por toda a extensão de sua boceta, eu alternava entre lambidas, enfiadas de língua e chupadelas no clitóris. Roberta rebolava o quadril em minha boca e dizia frases sem sentido. Xingou-me de todos os nomes possíveis e não foram raras as vezes em que ela me arranhava e puxava pelos cabelos. Eu nunca a tinha visto tão descontrolada e aquilo me deu uma satisfação enorme. Passei a enfiar-lhe os dedos e chupá-la com mais força. Roberta não sabia se gemia ou se me xingava, suas mãos ficavam indecisas quanto a puxar meus cabelos ou os dela. Aquilo me excitava de tal forma que me vi obrigada a me masturbar naquele mesmo instante, levei a mão que estava disponível até minha boceta e passei a acariciar o clitóris. Os nossos gemidos se misturaram e ficaram mais freqüentes. Não demorou muito para que Roberta se desmanchasse em gozo. Seu corpo se contorceu, dominado por espasmos convulsivos, de sua boca escapavam urros e gemidos de prazer. Suas pernas ficaram bambas e seus joelhos cederam por um breve instante. Senti meus dedos encharcados por seu gozo e os substituí por minha língua, ansiosa por sorver todo o líquido enquanto ela recuperava o fôlego.

Pouco tempo depois, para minha surpresa, Roberta fez com que eu levantasse e praticamente me jogou em uma das cadeiras. Sentou em meu colo e passou a lamber os meus dedos lambuzados. Em seguida, colou sua boca na minha e sugou minha língua enquanto envolvia meus seios com as mãos, apertando-os.

– Você é um tesão, Sarah! – disse ela, entre gemidos

Saiu de meu colo e ajoelhou-se entre minhas pernas. Roberta tirou minha calcinha com tamanha rapidez que eu me perguntava onde ela havia conseguido tanta experiência, pois sabia exatamente o que fazer. Quando começou a chupar-me, tive a certeza de que aquela não era a primeira vez em que ela transava com uma mulher. Uma ponta de ciúme se formou em minha mente, mas logo ela foi substituída pelo prazer enorme que Roberta estava me proporcionando. Sua língua me provocava bem na entradinha de minha boceta, enquanto seus dedos massageavam o clitóris. Sua boca parecia querer engolir minha vulva, quando me chupava.

Meu corpo parecia sem controle, eu agarrava no braço da cadeira e abria cada vez mais as pernas. Minhas mãos puxavam a cabeça de Roberta contra minha boceta constantemente. Meus gemidos eram altos e escandalosos, eu me vi dominada por uma vontade intensa de gozar na boca de minha amiga. Ela passou a me foder com os dedos e lamber, insistentemente, meu grelinho inchado. Roberta me fodia com força, sua língua fazia movimentos rápidos e as unhas da mão que estava livre cravaram em minha coxa. Quando viu que meu gozo se aproximava, Roberta substituiu os dedos pela língua e voltou a massagear meu clitóris com a mão. Agarrei em seus cabelos com as duas mãos e pressionei sua cabeça contra minha boceta enquanto preenchia sua boca com meu gozo. Meu corpo tremia e suava, eu perdi o controle sobre meus gemidos e palavras, o coração parecia querer saltar pela boca, mas tudo o que importava era o orgasmo que Roberta havia acabado de me proporcionar.

Mesmo após o orgasmo, Roberta continuou a me chupar, sugando cada gota do líquido que insistia em sair de minha boceta. Quando se deu por satisfeita, ela voltou a sentar em meu colo e me beijou. Sua boca tinha o meu sabor e ela parecia tão exausta quanto eu. Roberta deitou a cabeça em meu ombro por um instante, enquanto nossos corpos suados repunham as energias. Ficamos assim por alguns minutos, sem dizer nada, apenas curtindo a paz que só o sexo consegue dar.

– Sarah, vamos para o banho? – perguntou ela

– Vai indo lá, eu vou arrumar aqui e já vou. – respondi

Roberta levantou de meu colo e me puxou pelos braços. Já em pé, agarrei-a pela cintura e voltei a beijá-la com intensidade. Após o beijo, ela foi para o banho e eu voltei a vestir o robe. Passei a recolher as roupas do chão e colocar as cadeiras do lugar. Fui até o quarto e coloquei as peças de roupa em cima da cama. Quando voltei para fechar a porta que dava para a sacada, voltei os olhos para a casa da frente e vi a vizinha agachando-se rapidamente, como se estivesse sendo pega no flagra. Fiquei parada um instante, com os olhos arregalados, imaginando se ela havia nos visto. Senti-me mal por um instante, mas depois, pensando melhor no assunto, resolvi não me preocupar com o que ela tinha visto. Afinal, eu sabia que ela não diria nada a ninguém, pois não fazia o gênero das fofoqueiras e era sempre muito simpática comigo. Após alguns segundos, ela levantou-se e ficou me observando. Eu olhando ela e ela me olhando, nenhuma das duas parecia querer desviar o olhar.

A voz de Roberta surgiu, interrompendo meus pensamentos. Ela me chamava para o chuveiro. Demorei um pouco a obedecer, mas acabei por fechar a porta. Porém, enquanto ia em direção ao banheiro, o olhar da vizinha me fez questionar: “Será que na próxima vez seremos eu e ela? Eu gozando na boca dela e ela gozando na minha?”.

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